CARTOGRAFIA DA FORMA

Interessada pelas narrativas envolvendo o poder das mãos, deslizar noções da disciplina de desenho de forma e manipulação de éter delineadas por Rudolph Steiner frente às críticas pungentes a posição histórica desse educador, muito ligada a ideia do progresso como uniformização e adequação de corpos. Tomar como mecanismo de análise o termo “currículo oculto", ou seja, as diretrizes que motivam a aplicação de um tipo de conteúdo em detrimento de outro, através do contato com o pedagogo Abdalaziz de Moura, para então formular uma outra prática de desenho de forma, dessa vez focada na irreprodutibilidade, no poder de autoexpressão, e no erro enquanto objetivo.

Essa pesquisa se torna um arquivo de sessões onde o método foi aplicado no regime de teste e erro, gerando imagens produzidas coletivamente com artistas profissionais e pessoas das mais diversas profissões. Na ocasião de publicização, os arquivos foram expostos e uma atividade coletiva foi aplicada partindo desses pressupostos.

CARTOGRAFIA DA FORMA foi apresentado na Galeria Corbiniano Lins, Recife/PE, em exposição coletiva com curadoria de Letícia Barbosa (da esquerda para a direita, imagens 1, 2, e 4 abaixo), e posteriormente reapresentado em itinerância em Garanhuns/PE (imagem 3)